Material:
Dois panos para fechar os olhos e dois chinelos
ou porretes feitos com jornais enrolados em forma de cacetete.
Desenvolvimento:
Dois voluntários devem ter os rostos cobertos e devem receber um
travesseiro ou sandália leve. Depois devem iniciar uma briga de cegos, para ver quem
acerta mais o outro no escuro. O restante do grupo apenas assiste.
Assim que inicia a "briga", o coordenador faz sinal para o grupo não
dizer nada e desamarra a venda dos olhos de um dos voluntários e deixa a briga
continuar. Depois de tempo suficiente para que os resultados das duas situações
sejam bem observados, o coordenador retira a venda do outro voluntário e
encerra a experiência, abrindo um debate sobre o que se presenciou no contexto
da sociedade atual.
A reação dos participantes pode ser muito variada. Por isso, é conveniente
refletir algumas posturas como: indiferença x indignação; aplaudir o agressor x
posicionar-se para defender o indefeso; lavar as mãos x envolver-se e
solidarizar-se com o oprimido, etc.
Alguns questionamentos podem ajudar, primeiro perguntar aos voluntários como se
sentiram e o por quê. Depois dar a palavra aos demais participantes. Qual foi a
postura do grupo? Para quem torceram? O que isso tem a ver com nossa realidade?
Quais as cegueiras que enfrentamos hoje? O que significa ter os olhos vendados?
Quem estabelece as regras do jogo da vida social, política e econômica hoje?
Como podemos contribuir para tirar as vendas dos olhos daqueles que não
enxergam?
Sugestões de textos: Marcos 10, 46-52; Lucas 10 25 a 37 ou Lucas 24, 13-34.